segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Não caia no desânimo

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Ser fortes de ânimo ajuda a suportar as dificuldades e superar nossos limites. Para os cristãos, Cristo é o exemplo para viver uma virtude que abre a porta a muitas outras.
“Através das dificuldades, às estrelas”. Esta conhecida frase de Sêneca expressa de modo gráfico a experiência humana de que, para conseguir o melhor, há que se esforçar, de que “o que vale, custa”, de que é preciso lutar para vencer os obstáculos e arestas que nunca deixam de se apresentar ao longo da vida, para poder alcançar os bens mais altos.
Muitas peças literárias de diversas culturas exaltam a figura do herói, que encarna de algum modo aquelas palavras da sabedoria latina, que qualquer pessoa desejaria também para si: nil difficile volenti, nada é difícil para aquele que quer.
Assim pois, no nível humano, a fortaleza é valorizada e admirada. Essa virtude, que anda de mãos dadas com a capacidade de sacrificar-se, tinha entre os antigos um perfil bem definido. O pensamento grego considerava a “andreia” como uma das virtudes cardeais, que modera os sentimentos de combate próprios do apetite irascível, e assim dá vigor ao homem para buscar o bem, mesmo que seja difícil e árduo, sem que o medo o detenha.
Pertence também à experiência humana a constatação da debilidade de nossa condição, que constitui, em certo sentido, a outra face da moeda da virtude da fortaleza. Muitas vezes temos de reconhecer que não fomos capazes de realizar tarefas que teoricamente estavam ao nosso alcance.
Dentro de nós encontramos a tendência a nos acomodar, a sermos condescendentes conosco, a renunciar ao que é trabalhoso pelo esforço que comporta. Em outras palavras, a natureza humana, criada por Deus para o cume porém ferida pelo pecado, é capaz de grandes sacrifícios ao mesmo tempo que de grandes transigências.

A Revelação cristã oferece uma resposta cheia de sentido a essa condição paradoxal da qual trata nossa existência. De um lado, assume os valores próprios da virtude humana da fortaleza, que é louvada em numerosas ocasiões na Bíblia. Já na literatura sapiencial se fazia eco dela, ao dar a entender, sob a forma de uma pergunta retórica no livro de Jó, que a vida do homem sobre a terra é uma luta (Jó 7, 1).
Com frase em certo sentido misteriosa, Jesus disse, falando do Reino de Deus, que o alcançam os que se fazem violência: violenti rapiunt (Mt 11,12). Esta ideia ficou plasmada na iconografia medieval, como acontece por exemplo na capela de todos os santos de Regensburg, onde a imagem que representa a fortaleza luta contra um leão.
Ao mesmo tempo, são numerosos os textos da Escritura que sublinham como as diversas manifestações de um comportamento forte (paciência, perseverança, magnanimidade, audácia, firmeza, franqueza, e inclusive a disposição de dar a vida) provém e só podem ser mantidas se estão ancoradas em Deus: “quia tu es fortitudo mea”, por que Tu és minha fortaleza(cf Sl 71, 3). Em outras palavras, a experiência cristã ensina que “toda a nossa fortaleza é emprestada”(São Josemaria, Caminho, n. 728.).
São Paulo expressa de modo certeiro este paradoxo, no qual se entrelaçam os aspectos humanos e sobrenaturais da virtude: “quando estou fraco, então é que sou forte”, já que, como assegurou o Senhor: “sufficit tibi gratia mea, nam virtus in infirmitate perficitur, basta-te minha graça, por que é na fraqueza que se revela a minha força” (2 Cor 12, 9-10).
O modelo e fonte da fortaleza para o cristão é portanto o próprio Cristo, que não só oferece com suas ações um exemplo constante que chega ao extremo de dar a própria vida por amor aos homens (Jo 13, 15 e 15, 13.), mas que além disso afirma: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 5, 5).
Assim, a fortaleza cristã torna possível o seguimento de Cristo, um dia após o outro, sem que o temor, o prolongamento do esforço, os sofrimentos físicos ou morais, os perigos, obscureçam no cristão a percepção de que a verdadeira felicidade está em seguir a vontade de Deus, ou o afastem dela. A advertência de Jesus Cristo é clara: “Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus” (Jo 16, 2).
Desde o começo os cristãos consideraram uma honra sofrer o martírio, pois reconheciam que os levavam a uma plena identificação com Cristo. A Igreja manteve ao longo da história uma tradição de particular veneração pelos mártires, que por especial disposição da Providência derramaram seu sangue para proclamar sua adesão a Jesus, oferecendo assim o maior exemplo não só de fortaleza, mas também de testemunho cristão (Catecismo da Igreja Católica, n. 2473).
Mesmo que não tenham faltado em cada época histórica, incluída a nossa, essas testemunhas do Evangelho, o fato é que, na vida corrente na qual a maior parte dos cristãos se encontra, dificilmente chegaremos a essas condições.
Não obstante, como recordava Bento XVI, há também um “martírio da vida cotidiana”, de cujo testemunho o mundo de hoje está especialmente necessitado: “o testemunho silencioso e heroico de tantos cristãos que vivem o Evangelho sem compromissos, cumprindo seu dever e dedicando-se generosamente ao serviço aos pobres”.
Neste sentido, o olhar se dirige à Santa Maria, pois Ela esteve ao pé da Cruz de seu Filho, dando exemplo de extraordinária fortaleza sem padecer a morte física, de modo que pode dizer-se que foi mártir sem morrer, segundo o teor de uma antiga oração litúrgica. “Admira a firmeza de Santa Maria: ao pé da cruz, com a maior dor humana – não há dor como a sua dor -, cheia de fortaleza.- E pede-lhe dessa firmeza, para que saibas também estar junto da Cruz. (São Josemaria, Caminho, n. 508).
 
  padre Leo

As três fontes para a cura interior


   

padre Alberto Linero- projeto "Minuto de Dios"
Foto: Natalino Ueda/Cancaonova.com
Vamos tomar a Palavra de Deus pois o contato com a Palavra de Deus nos torna felizes e curados.
Eu peço a vocês que abram o coração totalmente e deixem Deus fazer maravilhas, pois Ele quer fazer maravilhas. Você receberá o poder de Deus!

Abra sua Bíblia em Marcos 1, 40-45 – essa palavra representa uma das mais fortes fontes de cura interior para mim.

40.Aproximou-se dele um leproso, suplicando-lhe de joelhos: "Se queres, podes limpar-me."41.Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: "Eu quero, sê curado."42.E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado.43.Jesus o despediu imediatamente com esta severa admoestação:44."Vê que não o digas a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, pela tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para lhe servir de testemunho."45.Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente numa cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele.
O leproso está enfermo na sua relação com ele mesmo, na sua relação com as pessoas e também na sua relação com Deus.


Por que ele está doente na relação com ele mesmo? Imagine uma pessoa que tem lepra e como ela se sentiria com ela mesmo. Ela fica isolada. É uma pessoa que não se ama, que sente que não tem valor nenhum.


                                                                                               Veja também a pregação: "Creia no poder curador de Deus"
O leproso não se sente bem consigo mesmo, e ele acredita que Deus foi o pior para ele. Muitas de nós podemos viver uma situação dessa, de sentirmos como um leproso, e até acharmos que Deus foi o pior para nós também.

Isso precisa ser curado, porque você é uma criatura de Deus. Precisa se olhar no espelho e dar graças a Deus. Você é criado pelas mãos de Deus. Você é aquilo de mais formoso que Deus fez.

O leproso, segundo o livro de Levítico, não podia aproximar-se de ninguém porque se não, ele contaminava o outro. Muitos de nós acreditamos igualmente assim, nos sentimos distantes de nossos irmãos. Supomos que não somos iguais aos outros.

Temos que pedir a Deus que sare nossa relação com as pessoas, porque temos que reconhecer uns ao outros como irmãos. É certo que tem gente que não merece esse reconhecimento por causa de uma traição, ou porque nos fizeram mal etc. Eu tenho pessoas assim, mas ainda sim essas pessoas são meus irmãos e irmãs. E, se quisermos ser curados, precisamos aprender a amar e perdoar e a nos relacionar bem com essas pessoas.


Um dia eu li que o ressentimento é um veneno que eu tomo para que o outro morra. Essa parece uma atitude inteligente para você?


"Os problemas são sinais de que estamos vivos. Benditos problemas!"
Foto: Natalino Ueda/Cancaonova.com

Quanto ao nosso relacionamento com Deus, é preciso buscá-Lo de coração.
Ao invés de se sentir longe de Deus por causa de sua enfermidade, você precisa buscar Deus e pedir que Ele cure sua enfermidade. Você até pode se afastar d'Ele, mas Ele nunca se afasta de você. Ele sempre vai querer te curar.

É importante prestar atenção na nossa relação conosco mesmo, nossa relação com os outros e nossa relação com Deus. Nós temos que revisar essas relações.

1ªcoisa - Você não vai ser feliz se você não se valoriza. Ninguém que não ame a si mesmo não tem como amar o outro. Amar não é mendigar, não é dependência emocional.
Para ser curado diante de Deus, ame o próximo como a ti mesmo. Por isso você precisa se amar.
Se questione: como está sua relação com você mesmo? Se você percebe que aí tem problemas, então é preciso investir em oração.
2ª coisa - Você tem que perguntar como está sua relação com os outros, porque se o seu coração está cheio de rancor, mágoa, você tem que pedir a Deus que sane seu coração e te dê um coração limpo.
3ª coisa - Pergunte como está a sua relação com Deus, porque você não deve se sentir humilhado ou mesmo castigado por Deus. Ele nunca falha com você. Muitas vezes uma pessoa pede aquilo que não convém e por isso Deus não dá. Deus te dá as coisas de acordo com a Sua vontade.

Muitos de nós não queremos ter problemas, mas se você não tem problemas é bem provável que você já esteja morto. Os problemas são sinais de que estamos vivos. Benditos problemas!

O leproso, levando seu problema, foi até Jesus.
Quanto mais longe do Senhor, mais enfermo você ficará. Você precisa se aproximar do Senhor.

Depois de se aproximar do Senhor, o leproso se ajoelhou. Isso é uma atitude de reconhecimento, de adoração, de que Ele é mais importante que tudo. Ajoelhar-se é uma postura corporal para reconhece-Lo como Senhor. Enquanto você não reconhece-lo como Senhor você ficará doente.

Se aproxime de Deus, se ajoelhe, reconheça-O como Senhor, e então, suplique a Deus, você mesmo, o que precisa.

Papa canoniza mais sete beatos neste domingo


A nova evangelização partirá dos santos do nosso tempo
Após duas semanas de intensas atividades, foi lembrado durante o Sínodo dos Bispos que é preciso manifestar a esperança em um mundo em crise. Os padres sinodais também avaliaram os resultados da assembléia dos bispos.

Eles se reuniram para a oração da manhã onde o próprio Papa Bento XVI conduziu o momento. Mais de 400 representantes entre padres sinodais, cardeais, bispos, religiosos e leigos participam do Sínodo.

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Por falar em esperança, a Igreja traz neste domingo, 21, um sinal de que há no mundo pessoas com a coragem de assumir o Evangelho de Cristo como forma de vida. Sete beatos serão canonizados pelo Papa Bento XVI em cerimônia na Praça de São Pedro. É a esperança sendo anunciada a um mundo que vive a crise de uma identidade própria, da ausência de Deus e de valores cristãos.

Entre os futuros santos estão sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas. Homens e mulheres que viveram na Europa, Ásia, África, América e Oceania. Será uma cerimônia marcante dentro do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e expressa que a santidade é ponto de partida para a nova forma de evangelizar que busca a Igreja, como lembra Dom Dominique Rey, o Bispo de Frejus, em Toulon, na França.

"É um evento importante que acontece em meio ao Sínodo. A nova evangelização passa pela santificação e nós precisamos de exemplos que testemunhem, de vidas conquistadas pelo Cristo, para que compreendamos melhor que a evangelização começa através de um trabalho do próprio Deus e do Espírito Santo nos nossos corações”, ressaltou Dom Dominique.

Na praça de São Pedro já foram afixadas as estampas com as imagens dos futuros santos. São eles: o francês Jacques Berthieu, sacerdote da companhia de Jesus; Pedro Calungsod, catequista leigo, nascido em Ginatilan, nas Filipinas; Giovanni Battista Piamarta, sacerdote da Diocese de Brescia; Maria do Monte Carmelo, fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias do Ensinamento, nascida em Vic, Espanha; Marianne Cope, religiosa da Congregação das Irmãs da Terceira Ordem de São Francisco, natural de Heppenheim, Alemanha; Caterina Tekakwitha, leiga Ossernenon, nos Estados Unidos e Anna Schäffer, leiga de Mindelstetter, Alemanha.