Sábado 03 de Março acontecerá um encontro para casais realizado pelo Ministério das Famílias da RCC (Renovação Carismática Católica de Araripina- GO Cristo em Nós).
O encontro será marcante, visto ser uma experiência ímpar para os casais que participaram. No sábado o encontro terá início às 19:00 horas .
Pregador : Alexandre e esposa ( Com. BOA NOVA).
Todas as Segundas Feiras - Grupo de Oração (Centro Paróquial) , Quartas e Quintas Feiras : louvor - Igreja Matriz (Quarta) e G.O / Louvor - Capela de São Jose(Quinta), Transmissão ao vivo a partir das 19:00 horas. Radio Online Cristo em Nós agora online 24 horas.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO
Com a Celebração das Cinzas, na Quarta-feira de Cinzas, damos início à Quaresma, tempo forte de oração, penitência e jejum. É o tempo forte de conversão do coração humano diante das necessidades dos outros.
Como o próprio nome no-lo diz, são quarenta dias de penitência, os quais nos preparam para a celebração da vitória final da graça sobre o pecado e da vida sobre a morte. Durante estes dias, a nossa oração se torna mais intensa e a penitência mais acentuada. É um período especial de retorno a Deus, de conversão e de abertura aos outros.
A cerimônia de Imposição das Cinzas nos recorda que nossa vida na terra é passageira, que algum dia vamos morrer e que o nosso corpo vai se converter em pó e que a vida definitiva se encontra no céu. Ensina-nos ainda que os céus e a terra hão de passar um dia. Em troca, todo o bem que tenhamos realizado em nossa vida nós vamos levá-lo à eternidade. Ao final da nossa vida, só levaremos aquilo que tenhamos feito por Deus e por nossos irmãos.
As cinzas são um sacramental, o qual não nos tira os pecados, mas nos relembra a nossa condição de miseráveis, de frágeis e pecadores. E assim, reconhecendo a nossa situação, recorremos ao sacramento da reconciliação. É um sinal de arrependimento, de penitência, mas sobretudo, de conversão. Com essa celebração, damos início à nossa caminhada com Cristo do Jardim das Oliveiras até o triunfo na manhã do primeiro dia da semana, que é o Domingo da Ressurreição.
Quaresma é realmente um tempo de reflexão em nossa vida, de entender aonde vamos, de analisar como está nosso comportamento com nossa família – o marido, a esposa, os filhos, os pais – e todos os que nos rodeiam.
O Evangelho de hoje nos ajuda a entendermos como praticar as três obras de penitência – oração, esmola e jejum – e como viver bem o tempo quaresmal.
Jesus fala das três obras de piedade dos judeus: a esmola, o jejum e a oração. E faz uma crítica pelo fato de que eles as praticam para ser vistos pelos outros.
O segredo para o efeito é a atenção para que não sejamos como os fariseus hipócritas: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” (Mt 6,1).
Para Jesus é preciso criar uma nova relação com Deus. Ao mesmo tempo, Cristo nos oferece um caminho de acesso ao coração do Pai. Para Ele, a justiça consiste em conseguir o lugar onde Deus nos quer. O caminho para chegar ali está expresso na Lei de Deus: “Se a vossa justiça não superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus”.
Como foi dito anteriormente, este é um tempo de oração que se caracteriza por uma relação de aliança entre Deus e o homem em Cristo. Este encontro com Cristo não se exprime apenas em pedidos de ajuda, mas também em louvor, ação de graças, escuta e contemplação.
Rezar é confiar no Senhor que nos ama e corresponder ao Seu amor incondicional. Por sua vez, a oração penitencial privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o coração para o perdão e para a reconciliação.
É tempo da prática do jejum. O jejum tem certamente também uma dimensão física, como a privação voluntária de alimentos, além da espiritual. O que jejuamos deve ser partilhado, ou seja, entregue aos nossos irmãos que passam fome. É sobretudo a privação do pecado. O jejum é sinal do combate contra o espírito do mal. O modelo deste combate é Cristo, que foi tentado pelo maligno muitas vezes para que cedesse ao sucesso, ao domínio e à riqueza. No entanto, a Sua vitória sobre todo o mal, que oprime o homem, inaugurou um tempo novo, um Reino de justiça, verdade, paz, amor e partilha.
A experiência do jejum exterior e interior favorece a opção pelo essencial. No nosso tempo, o jejum tornou-se uma prática habitual. Alguns jejuam por razões dietéticas e estéticas. O jejum cristão não tem uma dimensão dietética ou estética como é prática nos nossos dias, mas sim uma referência cristológica e solidária com os nossos irmãos e irmãs excluídos da sociedade por causa de diversas condições: raça, religião, cor, tribo, língua, entre outros.
Como Cristo e com Cristo jejuamos para ser mais solidários e abertos ao outro. Sob várias formas podemos jejuar, como por exemplo, o jejum midiático da televisão, da internet, do celular, da língua, etc.; para redescobrirmos a beleza do diálogo em família, da partilha de interesses, do encontro e da comunhão com os irmãos.
Quando vivemos bem o jejum nos convertemos em seres solidários, pessoas que partilham tudo entre todos. Ninguém chamará de “seu” o que possui. Em outras palavras, atualizaremos os Atos dos Apóstolos 2,42, que é a essência do Cristianismo. A relação dinâmica entre o amor e a adesão a Cristo faz do gesto de ajuda – expresso na esmola – uma partilha fraterna e não algo humilhante.
Quaresma é tempo de dar esmola. E esta nos ajuda a vencer a incessante tentação do egoísmo, educando-nos para irmos ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos. Tal é a finalidade das coletas especiais para os pobres que são promovidas em muitas partes do mundo durante o período quaresmal. Desta forma, a purificação interior é confirmada por um gesto de comunhão eclesial, como acontecia já na Igreja primitiva.
Hoje a oração, o jejum e a esmola não perderam a atualidade e continuam a ser propostos como instrumentos de conversão. A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a melhorar a relação com Deus, com nós mesmos e com os outros.
E o maior dentre eles é o amor. O amor é criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade. Permite-nos que contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das atitudes no caminho da paz. Faz-nos evitar a crítica maldizente, os preconceitos e os juízos sobre os outros, favorece a autenticidade da vida cristã. E tem como obstáculos a ser vencidos o egoísmo e o orgulho que impedem a generosidade do coração.
Estamos hoje diante de um convite veemente: CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos convida à conversão interior e à mudança de mentalidade para acolher o Reino de Deus e para anunciar a Boa Nova.
Padre Bantu Mendonça
Como o próprio nome no-lo diz, são quarenta dias de penitência, os quais nos preparam para a celebração da vitória final da graça sobre o pecado e da vida sobre a morte. Durante estes dias, a nossa oração se torna mais intensa e a penitência mais acentuada. É um período especial de retorno a Deus, de conversão e de abertura aos outros.
A cerimônia de Imposição das Cinzas nos recorda que nossa vida na terra é passageira, que algum dia vamos morrer e que o nosso corpo vai se converter em pó e que a vida definitiva se encontra no céu. Ensina-nos ainda que os céus e a terra hão de passar um dia. Em troca, todo o bem que tenhamos realizado em nossa vida nós vamos levá-lo à eternidade. Ao final da nossa vida, só levaremos aquilo que tenhamos feito por Deus e por nossos irmãos.
As cinzas são um sacramental, o qual não nos tira os pecados, mas nos relembra a nossa condição de miseráveis, de frágeis e pecadores. E assim, reconhecendo a nossa situação, recorremos ao sacramento da reconciliação. É um sinal de arrependimento, de penitência, mas sobretudo, de conversão. Com essa celebração, damos início à nossa caminhada com Cristo do Jardim das Oliveiras até o triunfo na manhã do primeiro dia da semana, que é o Domingo da Ressurreição.
Quaresma é realmente um tempo de reflexão em nossa vida, de entender aonde vamos, de analisar como está nosso comportamento com nossa família – o marido, a esposa, os filhos, os pais – e todos os que nos rodeiam.
O Evangelho de hoje nos ajuda a entendermos como praticar as três obras de penitência – oração, esmola e jejum – e como viver bem o tempo quaresmal.
Jesus fala das três obras de piedade dos judeus: a esmola, o jejum e a oração. E faz uma crítica pelo fato de que eles as praticam para ser vistos pelos outros.
O segredo para o efeito é a atenção para que não sejamos como os fariseus hipócritas: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” (Mt 6,1).
Para Jesus é preciso criar uma nova relação com Deus. Ao mesmo tempo, Cristo nos oferece um caminho de acesso ao coração do Pai. Para Ele, a justiça consiste em conseguir o lugar onde Deus nos quer. O caminho para chegar ali está expresso na Lei de Deus: “Se a vossa justiça não superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus”.
Como foi dito anteriormente, este é um tempo de oração que se caracteriza por uma relação de aliança entre Deus e o homem em Cristo. Este encontro com Cristo não se exprime apenas em pedidos de ajuda, mas também em louvor, ação de graças, escuta e contemplação.
Rezar é confiar no Senhor que nos ama e corresponder ao Seu amor incondicional. Por sua vez, a oração penitencial privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o coração para o perdão e para a reconciliação.
É tempo da prática do jejum. O jejum tem certamente também uma dimensão física, como a privação voluntária de alimentos, além da espiritual. O que jejuamos deve ser partilhado, ou seja, entregue aos nossos irmãos que passam fome. É sobretudo a privação do pecado. O jejum é sinal do combate contra o espírito do mal. O modelo deste combate é Cristo, que foi tentado pelo maligno muitas vezes para que cedesse ao sucesso, ao domínio e à riqueza. No entanto, a Sua vitória sobre todo o mal, que oprime o homem, inaugurou um tempo novo, um Reino de justiça, verdade, paz, amor e partilha.
A experiência do jejum exterior e interior favorece a opção pelo essencial. No nosso tempo, o jejum tornou-se uma prática habitual. Alguns jejuam por razões dietéticas e estéticas. O jejum cristão não tem uma dimensão dietética ou estética como é prática nos nossos dias, mas sim uma referência cristológica e solidária com os nossos irmãos e irmãs excluídos da sociedade por causa de diversas condições: raça, religião, cor, tribo, língua, entre outros.
Como Cristo e com Cristo jejuamos para ser mais solidários e abertos ao outro. Sob várias formas podemos jejuar, como por exemplo, o jejum midiático da televisão, da internet, do celular, da língua, etc.; para redescobrirmos a beleza do diálogo em família, da partilha de interesses, do encontro e da comunhão com os irmãos.
Quando vivemos bem o jejum nos convertemos em seres solidários, pessoas que partilham tudo entre todos. Ninguém chamará de “seu” o que possui. Em outras palavras, atualizaremos os Atos dos Apóstolos 2,42, que é a essência do Cristianismo. A relação dinâmica entre o amor e a adesão a Cristo faz do gesto de ajuda – expresso na esmola – uma partilha fraterna e não algo humilhante.
Quaresma é tempo de dar esmola. E esta nos ajuda a vencer a incessante tentação do egoísmo, educando-nos para irmos ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos. Tal é a finalidade das coletas especiais para os pobres que são promovidas em muitas partes do mundo durante o período quaresmal. Desta forma, a purificação interior é confirmada por um gesto de comunhão eclesial, como acontecia já na Igreja primitiva.
Hoje a oração, o jejum e a esmola não perderam a atualidade e continuam a ser propostos como instrumentos de conversão. A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a melhorar a relação com Deus, com nós mesmos e com os outros.
E o maior dentre eles é o amor. O amor é criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade. Permite-nos que contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das atitudes no caminho da paz. Faz-nos evitar a crítica maldizente, os preconceitos e os juízos sobre os outros, favorece a autenticidade da vida cristã. E tem como obstáculos a ser vencidos o egoísmo e o orgulho que impedem a generosidade do coração.
Estamos hoje diante de um convite veemente: CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos convida à conversão interior e à mudança de mentalidade para acolher o Reino de Deus e para anunciar a Boa Nova.
Padre Bantu Mendonça
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Reality shows: será que devo assistir?
A sensação é de que brincam com nossos instintos
“Se você acha que o José deve ser eliminado disque 0800 tra-la-lá, tra-la-lá. Mas se você acha que o eliminado deve ser o Mané disque 0800 tre-le-lé, tre-le-lé. Decida quem será o eliminado desta noite”.
Não sou um rapaz tão velho, também não sou novinho, mas nos últimos anos, nunca ouvi tanto – sobretudo na TV – o verbo “eliminar”. Talvez levaram para a telinha uma cultura que há anos o ser humano vem fazendo com o seu próximo, o que me leva a recordar uma máxima de Tomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.
Cá entre nós, não sei mais que reflexão fazer dos programas de televisão como os “reality shows”, que a cada dia mais confinam pessoas em casas, fazendas e ônibus, como a única alternativa de atrair os telespectadores e arrecadar milhões dos patrocinadores e do público. Mas penso também que esses programas são apenas expressão de uma sociedade que já não reflete.
A sensação é de que zombam de nossos sentimentos e brincam com nossos instintos. Você se torna o pré-adolescente que ficou lá atrás, aquele mesmo que espiava a vizinha pela janela todos os dias, buscando algo diferente. Mas agora a janela é a sua sala, e você não está sozinho, pois ao seu lado está sua filha, seu filho, seu(a) esposo(a), seus netos…
Não importa a cena, se é de briga com palavrões e “piiii” ou algo se mexendo debaixo do edredom, não importa se há uma criança na sala ou um idoso, você está curioso e não pode esperar a próxima oportunidade para dar uma “espiadinha na casa”. Semana a semana, o seu telefone se torna como a “maçã do paraíso”, quase impossível de resistir: “disque agora mesmo e decida quem será o eliminado da semana” diz o apresentador de TV com uma trilha sonora estilo Alfred Hitchcock de fundo.
Tenho a sensação de que estão se referindo a algum tipo de animal selvagem, briga de galo, corrida de lebre, mas não, se trata de seres humanos desesperados por dinheiro e fama tal qual as crianças da Somália por um prato de comida.
Conteúdo do programa? Não existe, pois querem a excitação dos instintos, da curiosidade, do que há de pior em nós. Você vai do céu ao inferno de capítulo em capítulo. Vira carrasco de si e dos outros a cada 0800. Pouco a pouco se torna parte da cultura da eliminação. Valores como perdão, amabilidade, mansidão e amor ao próximo se evaporam como chuva de verão em chão quente. Você se diz cristão, mas quando assuntos como aborto, eutanásia e pena de morte são expostos, já está lá, no seu inconsciente, um princípio de eliminação, e não fica difícil aceitá-los.
Você vê uma criança desnutrida debaixo de um viaduto, em um semáforo ou lixão, e nem imagina que também ela é fruto de um telefonema: “Basta ligar no 0800… o custo é de R$... por minuto”. Diz o apresentador zombando do seu senso de compaixão.
São programas tipo “reality shows” que esvaziam a nossa inteligência e provocam em nós uma imbecilidade crônica. Estão nos ensinando o bê-á-bá da burrice e da indiferença.
E você? Já eliminou alguém hoje?
“Com 43% dos votos o eliminado desta noite foi….”. Diz o apresentador da TV em nossas vidas.
Daniel Machado
http://blog.cancaonova.com/asas
“Se você acha que o José deve ser eliminado disque 0800 tra-la-lá, tra-la-lá. Mas se você acha que o eliminado deve ser o Mané disque 0800 tre-le-lé, tre-le-lé. Decida quem será o eliminado desta noite”.
Não sou um rapaz tão velho, também não sou novinho, mas nos últimos anos, nunca ouvi tanto – sobretudo na TV – o verbo “eliminar”. Talvez levaram para a telinha uma cultura que há anos o ser humano vem fazendo com o seu próximo, o que me leva a recordar uma máxima de Tomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.
Cá entre nós, não sei mais que reflexão fazer dos programas de televisão como os “reality shows”, que a cada dia mais confinam pessoas em casas, fazendas e ônibus, como a única alternativa de atrair os telespectadores e arrecadar milhões dos patrocinadores e do público. Mas penso também que esses programas são apenas expressão de uma sociedade que já não reflete.
A sensação é de que zombam de nossos sentimentos e brincam com nossos instintos. Você se torna o pré-adolescente que ficou lá atrás, aquele mesmo que espiava a vizinha pela janela todos os dias, buscando algo diferente. Mas agora a janela é a sua sala, e você não está sozinho, pois ao seu lado está sua filha, seu filho, seu(a) esposo(a), seus netos…
Não importa a cena, se é de briga com palavrões e “piiii” ou algo se mexendo debaixo do edredom, não importa se há uma criança na sala ou um idoso, você está curioso e não pode esperar a próxima oportunidade para dar uma “espiadinha na casa”. Semana a semana, o seu telefone se torna como a “maçã do paraíso”, quase impossível de resistir: “disque agora mesmo e decida quem será o eliminado da semana” diz o apresentador de TV com uma trilha sonora estilo Alfred Hitchcock de fundo.
Tenho a sensação de que estão se referindo a algum tipo de animal selvagem, briga de galo, corrida de lebre, mas não, se trata de seres humanos desesperados por dinheiro e fama tal qual as crianças da Somália por um prato de comida.
Conteúdo do programa? Não existe, pois querem a excitação dos instintos, da curiosidade, do que há de pior em nós. Você vai do céu ao inferno de capítulo em capítulo. Vira carrasco de si e dos outros a cada 0800. Pouco a pouco se torna parte da cultura da eliminação. Valores como perdão, amabilidade, mansidão e amor ao próximo se evaporam como chuva de verão em chão quente. Você se diz cristão, mas quando assuntos como aborto, eutanásia e pena de morte são expostos, já está lá, no seu inconsciente, um princípio de eliminação, e não fica difícil aceitá-los.
Você vê uma criança desnutrida debaixo de um viaduto, em um semáforo ou lixão, e nem imagina que também ela é fruto de um telefonema: “Basta ligar no 0800… o custo é de R$... por minuto”. Diz o apresentador zombando do seu senso de compaixão.
São programas tipo “reality shows” que esvaziam a nossa inteligência e provocam em nós uma imbecilidade crônica. Estão nos ensinando o bê-á-bá da burrice e da indiferença.
E você? Já eliminou alguém hoje?
“Com 43% dos votos o eliminado desta noite foi….”. Diz o apresentador da TV em nossas vidas.
Daniel Machado
http://blog.cancaonova.com/asas
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Ninguém passa em vão perto de Jesus Cristo
O Senhor nunca nos abandonará
A Igreja celebra anualmente o “Dia Mundial do Enfermo”, comemorado da Festa de Nossa Senhora de Lourdes, onze de fevereiro. A escolha da data indica a importância do Santuário de Lourdes, para onde acorrem multidões de doentes de todo o mundo. Na grande praça do Santuário, perguntei a uma pessoa ali chegada numa cadeira de rodas sobre sua condição e sobre a cura da enfermidade. A resposta foi surpreendente e edificante, quando me declarou ser peregrina fiel, visitando anualmente o Santuário, lavando-se na fonte mostrada pela Imaculada Conceição a Santa Bernadete. Disse-me não ter alcançado a cura física, mas a cura interior era assegurada e sempre mais intensa, a cada vez que ali chegava. Sua resposta transbordava alegria!
Naamã, o Sírio, chegado à porta da casa do profeta Eliseu (2 Rs 5, 9-14), depois de muita renitência, foi lavar-se sete vezes no Rio Jordão. Sua pele tornou-se como a de uma criança. O gesto que lhe foi pedido era tão simples que lhe parecia quase ridículo. Acolheu a palavra de seus empregados, demoliu primeiro o orgulho que lhe ocupava o coração e experimentou a graça da cura. Jesus, por sua vez, encontrando-se várias vezes com leprosos, cheio de compaixão, transforma-lhes radicalmente a vida (cf. Mc 1, 40-45; Lc 17, 1-19). “Se queres, tens o poder de curar-me”, num misto de desespero e confiança, diz um homem marcado pela doença e pela marginalização. Tocar no leproso, gesto inusitado não só naquele tempo, quebra todas as barreiras. O hanseniano das estradas da Galileia certamente se tornou profeta do tempo da Igreja, o nosso tempo! Neste tempo que é nosso, todos encontrem seu lugar, a acolhida e a cura!
“No acolhimento generoso e amoroso de cada vida humana, sobretudo da frágil e doente, o cristão expressa um aspecto importante do seu testemunho evangélico, segundo o exemplo de Cristo, que se debruçou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para curá-los. O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de são Lucas (cf. Lc 17, 11-19), de maneira particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!» (v. 19), ajudam a tomar consciência acerca da importância da fé para aqueles que, angustiados pelo sofrimento e pela enfermidade, se aproximam do Senhor. No encontro com ele, podem experimentar realmente que quantos acreditam nunca estão sozinhos! Com efeito, no seu Filho, Deus não nos abandona às nossas angústias e sofrimentos (cf. Mc 2, 1-12), mas está próximo de nós, ajuda-nos a suportá-los e deseja curar profundamente o nosso coração” (Bento XVI, Mensagem para a Jornada Mundial do Enfermo de 2012).
É ainda o Papa Bento XVI que assevera: “Quem, no seu próprio sofrimento e enfermidade, invoca o Senhor, está convicto de que o seu amor nunca o abandona, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da sua obra salvífica, jamais desfalece. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela deste modo a importância que o homem, na sua integridade de alma e corpo, reveste para o Senhor. De resto, cada sacramento expressa e põe em prática a proximidade do próprio Deus que, de modo absolutamente gratuito, «nos toca por meio de realidades materiais que ele assume ao seu serviço, fazendo deles instrumentos do encontro entre nós e ele mesmo» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). «Aqui, torna-se visível a unidade entre criação e redenção. Os sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé, que abraça corpo e alma, isto é, o homem inteiro» (Homilia, Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).
Ninguém passa em vão perto de Jesus Cristo. Ele cura através de vários “instrumentos”. Sejam hoje valorizados todos os que trabalham pela cura das enfermidades, dos grandes pesquisadores que surpreendem o mundo com suas descobertas, passando pela dignidade de tantos profissionais da medicina, cujo serviço é indispensável à sociedade. Ao seu lado, pessoal de enfermagem, cuidadores de doentes e idosos e tantas outras pessoas que podem fazer de sua profissão verdadeira obra de misericórdia. Jesus cura através do dom da Cura concedido a quem ele quer. Trata-se de um ministério presente em toda a história da Igreja e também em nosso tempo, exercido com o acompanhamento e discernimento dos pastores da Igreja. E o Senhor vai à raiz de todos os males, curando do pecado e proclamando “tua fé te salvou”.
Não se dispense o cuidado preventivo e curativo da saúde, reconheça-se o dom da cura, dêem-se ações de graças pela presença salvadora do Senhor em sua Igreja. Multipliquem-se as orações pela cura das enfermidades e cresça a pastoral da saúde. Dentro de alguns dias começará no Brasil mais uma Campanha da Fraternidade, oferecendo neste ano a contribuição da Igreja para o tema tão importante quanto desafiador, a Saúde pública. A!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
A verdade incomoda
Estamos vivendo numa sociedade, na qual o relativismo está presente e imprimindo, nas pessoas, ideologias que as levam a opiniões e ações contrárias às que Jesus Cristo. Com o tema “Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?” (Mc 10, 17), a XXV Jornada Mundial da Juventude é celebrada com a perspectiva de uma vida nova aos jovens cristãos, chamados a responder para construir um mundo mais justo e fraterno, sendo capazes de dizer ‘sim’ ao Evangelho de Cristo sem hesitar. Você está disposto?
Quando Jesus saía para se pôr a caminho – narra o Evangelho de São Marcos –, aproximou-se d’Ele um homem correndo e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: ‘Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?’. Jesus lhe disse: ‘Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão Deus. Sabes os mandamentos? Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não defraudarás, honrarás seu pai e sua mãe’. O homem lhe respondeu: ‘Mestre, tenho guardado tudo isto desde a minha juventude’. Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele e respondeu: ‘Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me!’ Ao ouvir tais palavras, anuviou-se-lhe o semblante e retirou-se pesaroso, pois tinha grande fortuna” (Mc 10, 17-22).
Esse jovem rico negou a proposta de Jesus ao perceber que ficaria sem os seus bens, mesmo dizendo que vivia os mandamentos de Deus. O dinheiro, os prazeres, seu egoísmo foram mais fortes do que o chamado do Senhor. Percebe-se, na narrativa acima, que Jesus estava caminhando e deixou Seu caminho para atender aquele jovem. De fato, o Senhor não deixa de dar atenção a nós quando lhe pedimos algo. Ele realmente olha por cada um individualmente, sem desvios, e nos atende quando precisamos d’Ele.
“Não tenha medo, jovem. Lute para um mundo melhor. Seja de Cristo e anuncie sempre a verdade”
Hoje em dia, deixamos de ter esse encontro com Cristo e preferimos ir ao encontro daquilo que o mundo nos oferece, mas que não nos levam a lugar nenhum, como dinheiro, prostituição, prazeres, sexo, novelas, programas e “reality shows” que procuram idealizar conceitos que vão de encontro aos princípios de Deus. Sob pressão, a sociedade acaba formando falsos conceitos em vista do que ouvem e veem na mídia, o que de fato podem levar futuramente a conflitos em suas vidas.
Muita vezes, o público-alvo disso tudo é o jovem. Indecisos sobre qual posição tomar, de que lado ficar, eles possuem uma sede tremenda de buscar a verdade e nela se firmar. Quando o mundo lança falsas doutrinas e ideologias, falsos testemunhos e estilos de vida, a juventude passa a acreditar que isso é o que vale a pena e, por meio desse “novo conceito de vida”, acabam se perdendo num vasto mar de podridões.
Em vista disso, o Papa Bento XVI vem trazer em sua mensagem, na 25ª Jornada Mundial da Juventude, direções que nos remetem à fraternidade, à justiça e à paz. Ele convida os jovens a se comprometerem com a verdade, que é o próprio Cristo, e com Ele construir o futuro através de percursos sérios de formação pessoal e de estudo, para servir o bem comum de maneira competente e generosa.
Assim, é preciso que os jovens sejam reflexo da verdade para o mundo, sendo pessoas de caráter firme e comprometidas na fé em Jesus Cristo, seguindo Seus passos com amor, justiça e fraternidade. Sabemos que a verdade incomoda e, por conta disso, seremos chicoteados pelos outros, mas tenhamos certeza de que o próprio Cristo estará ao nosso lado para nos sustentar. Não tenha medo, jovem. Lute para um mundo melhor. Seja de Cristo e anuncie sempre a verdade.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
QUAL ROUPA VESTIR PRA ENTRAR NO CÉU???
Um grande dilema que atormenta a maioria das mulheres e também muitos homens é o fato de se vestir adequadamente para a ocasião. Seja para um casamento, batizado, aniversário, balada ou até mesmo o primeiro encontro com aquela pessoa especial Entre idas e vindas do armário e várias passagens na frente do espelho, as perguntas são sempre as mesmas: “Será que ele(a) vai gostar?”, “Estou bonito(a)?”, “Será, será, será?”.
Não se preocupe, se você se identificou com essa situação eu gostaria de dizer que você é altamente normal. Quando um momento é importante para nós, queremos nos esforçar ao máximo para dar o melhor de nós mesmos. Tudo bem que a maioria não vai lembrar na semana seguinte do que usou, mas faz parte.
A questão que deve ser focada é: Para quem eu me arrumo? Quero agradar meu convidado, a pessoa que eu amo ou quero simplesmente aparecer? Quando o exterior serve de máscara para encobrir o interior um problema surge, fica “fake”, falso, ou como se dizia nos tempos de Jesus: “Sepulcros caiados”, pintadinhos, bonitinhos por fora e ocos por dentro.
Nossa caminhada com Cristo também pode ser vista assim. Como eu tenho me vestido aqui nesta terra? Será que no dia em que eu me encontrar com o Senhor minhas roupas estarão de acordo com o desejo do meu noivo amado Jesus? Talvez você diga: “Ora , pode vir olhar meu guarda-roupa que você vai ver que sou a pessoa mais santa do mundo!” mas não estou falando deste tipo de roupa, estou falando daquela que Deus declara ao falar em I Samuel 16.7: “O homem vê o exterior, mas Deus o coração.”
Com que você tem se vestido? Como andam suas vestiduras.
O Senhor se importa com o que usamos. Em Apocalipse 22.14 diz: “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade celestial pelas portas”.Nossas atitudes demonstram se estamos vestidos adequadamente para morar com Ele no céu. É tão bom chegar a um lugar e o anfitrião vir nos saudar e ainda mencionar o quanto estamos elegantes, imagina como será ao chegarmos ao céu e o Anfitrião dos anfitriões nos tomar pela mão e com um grande abraço nos convidar para entrar e ceiar com Ele e ver que nossas roupas foram lavadas no sangue do cordeiro e por isso estamos sem sujeiras, ou desbotados e amarrotados. Impecavelmente, através de Cristo em nós!
E como nos vestir assim, você pode perguntar? É simples e a loja está com um desconto de 50%. Peça uma e ganhe duas. Ao levar a roupa “Ame ao Senhor de todo o seu coração e toda a sua alma” você será presenteado, totalmente grátis e de graça, 0800, sem pagar nada mais por “E ao seu próximo como a você mesmo.” Simples assim.
Se você ama a Cristo e ao seu irmão você fará de tudo para não entristecer a Deus ou magoar alguém. Relacionamentos, intimidades, namoros, negócios, amizades, tudo passa por aqui. Se eu amo ao meu irmão não vou querer usá-lo ou falar mal dele. Se amo a Deus não conseguirei deixar de adorá-lo e proclamar o Seu amor.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
DICA DE LEITURA
LIVRO RETIRO POPULAR 2012 - TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO.
Neste livro, você encontrará indicações diárias de orações e leituras bíblicas que o ajudarão a preparar com grande expectativa o caminho para a Páscoa, a maior e mais importante festa da Igreja Católica.
Dom Alberto Taveira nos mostra que a Quaresma é antiga e nova: se entrarmos de coração nos exercícios quaresmais, ela nunca se repetirá. Há vários anos, o desafio da novidade vem do próprio Deus, que nos quer homens e mulheres renovados no Espírito para chegarmos à Páscoa. Nossa referência será sempre a Palavra de Deus, pois fazer retiro é debruçar-se sobre a riqueza da “Palavra de vida eterna”, que Jesus tem para oferecer. O Retiro Popular de 2012 se propõe a acompanhar o Evangelho de São Marcos, o primeiro que foi escrito. Trata-se de uma apresentação de Jesus Cristo, Filho de Deus. Chegaremos juntos aos pés da cruz de Cristo, para proclamar, como o centurião, que Ele é o Filho de Deus.
Sobre o autor
Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano de Belém do Pará, é o escritor há mais de dez anos do Retiro Popular e convida todos os católicos a renovar seus compromissos batismais, fazendo morrer o que ainda há do “homem velho” no interior de cada um. É vice-presidente do conselho administrativo da Fundação Populorum Progressio – organização criada por João Paulo II para ajudar a Igreja na América Latina, presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB e membro da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos.
Assinar:
Postagens (Atom)