terça-feira, 3 de julho de 2012

A alegria do pobre em espírito!


"Jesus não quer que eu reclame o que me pertence; isso deveria parecer-me fácil e natural pois nada me pertence...

Renunciei aos bens da terra pelo voto de pobreza, portanto não tenho o direito de queixar-me quando me tiram uma coisa que não me pertence; pelo contrário, devo alegrar-me quando me acontece sentir a pobreza.
Houve um tempo em que eu tinha a impressão de não estar apegada a nada, mas depois que entendi as palavras de Jesus vejo que sou muito imperfeita em certas ocasiões.
Por exemplo, no serviço da pintura, nada é meu; mas se ao iniciar o trabalho vejo que pincéis e tintas estão fora do lugar, que uma régua ou um canivete sumiram, a paciência ameaça abandonar-me e preciso apelar para muita coragem para não reclamar contrariada os objetos que me faltam.
É preciso, às vezes, pedir as coisas indispensáveis, mas ao fazê-lo humildemente não pecamos contra o mandamento de Jesus; pelo contrário, agimos como os pobres que estendem a mão para receber o que lhes é necessário. Se são recusados, não se espantam, ninguém lhes deve coisa alguma.
Ah! como a paz inunda a alma quando ela se eleva acima dos sentimentos da natureza... Não há alegria comparável à do pobre em espírito." (Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, História de Uma Alma).

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