quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"O significado de ser pai"

 




A imagem do "bom pai", amplamente difundida pelas sociedades de consumo, é a de "provedor": aquele que satisfaz todas as necessidades materiais do lar. Para "que não falte nada aos filhos", trabalha jornadas duplas e ainda nos fins de semana. O pai não consegue satisfazer as necessidades presentes, quando já lhe foram criadas outras. Assim se desgasta febrilmente, sem dar-se um respiro para desfrutar o importante: a experiência única de ver crescer os filhos.
Os pais que conseguiram vencer as tradições atávicas de ser meros provedores, compartilham a alegria na criação dos filhos e falam de "uma nova dimensão na convivência familiar".
Apesar das indignadas rejeições de quem pretende perpetuar o tabu imemorial de que quando o pai se envolve emocionalmente com o filho se torna "suave como uma segunda mãe", e que se participa no cuidado e atenção do filho se converte em simples "cuidador", cada dia são mais os pais presentes na sala de cirurgia no dia do nascimento de seus filhos, nos cursos pré-natal e de pós-parto para capacitar-se no cuidado do bebê.
Dois são necessários para gerar um filho. Também se necessitam de dois para seu desenvolvimento. A intuição feminina permite à mãe estabelecer uma comunicação com o filho vital desde o momento mesmo de seu nascimento. Interpreta os sinais de temor na infância e com mesmos o tranqüiliza e conduz suavemente.
A voz do pai é de vital importância: dá segurança, confiança no porvir, estabelece os limites da conduta infantil, e fecha o círculo do amor que deve rodear a criança. O pai proporciona um elemento único e essencial na criação do filho e sua influência é poderosa na saúde emocional. A mãe lhe diz: "com cuidado", e o pai lhe diz "um mais", ao estimular o pequeno a subir outro degrau para que chegue acima, Juntos, tomados da mão, pai e mãe guiam ao filho no caminho da vida.
O pai de hoje se abre às necessidades mais sutis do filho: as emocionais e as psíquicas. Transcende a preocupação de si mesmo e suas ocupações, e consegue ver o filho em seus próprios termos. Propicia o ambiente que lhe permite o desenvolvimento de seu potencial em um marco e liberdade responsável, não de dominação.
Não se detém na periferia, mas conhece o filho de perto. Guia-o sem agressividade, com firmeza motivada e racional, pelo caminho dos valores que deseja lhe passar. O pai de hoje se deu permissão para ver com olhos de amor o filho de suas entranhas. Adverte no filho, mais além das limitações presentes, o cúmulo de possibilidades que está por realizar. E a seu lado goza cada momento de seu desenvolvimento.
comunidade shalom

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